Cultura
e/ou Identidade Cultural
Telmo Padilha Cesar*
Cultura e/ou Identidade Cultural
Telmo Padilha Cesar*
Entre
nascer e morrer todo ser humano deixa marcas diferenciadas e muito pessoais que
vão ser reconhecidas além de sua existência. São marcas que marcam tempos,
épocas e fazem diferenças, produzem cicatrizes em corpos e mentes, mudam pessoas,
aprimoram futuros e ousam mudar o mundo. Marcas que podem estar na parede de
uma caverna milenar ou na mão de alguém, hoje, servindo para falar e ouvir.
Ao
criar e desenvolver novas formas de expressão, ao reproduzir e refazer
artefatos, produtos ou mesmo a forma de fazer as coisas que recebeu já feitas
como herança, esse único ser privilegiado pela inteligência se vê reconhecido e
valorizado por aqueles que o cercam. Suas invenções, construções, ferramentas,
instrumentos, arte, jeitos e gestos vão marcar cenhos, retorcer olhos e bocas,
mas vão, ao mesmo tempo, estimular a criatividade nos cérebros de sua plateia.
Na
verdade, se reprisa a mágica e a beleza da vida, pois tudo isso será repassado
aqueles que virem depois. Descendentes, filhos, netos e todos os que tomarem a
notícia, conhecimento do seu trabalho ou usufruir a alegria do seu convívio, da
mesma forma que de antes, já aconteceu consigo. Esse modificado, mas conservado
conjunto de saberes e fazeres repassados ao futuro através da memória, é o que
podemos chamar de Cultura.
E
a Identidade Cultural dos povos se forma, se fortalece, se desenvolve e se
adequa a novos tempos pelas músicas tocadas, pelos cantos cantados, pelas
danças dançadas, pelas receitas elaboradas e apreciadas no modo gente, criativo
e social de viver.
Diferente
dos atuais dias de tormento e da péssima qualidade de vida que assola grande
parte da população mundial, aqueles que valorizam a comida da casa, o doce da
avó, o toque de gaita ou do violão de seu avô, o barquinho do filho, a bruxinha
de pano que brinca com a filha, são os que vivem como foi definido para os
seres humanos: – em família, respeito e paz. Com lazer, alegria, inteligência,
rodeados de valores puros e verdadeiros.
Se
alguém pensa em promover, incentivar ou defender a Cultura, então deve começar
em sua família, sua casa, sua rua, seu bairro, cidade e estado. É desse jeito
que se vai ter País. É desse jeito que se vai ter respeito de uns pelos outros.
É desse jeito que se vai compor como retalho, a colcha que abriga, enfeita e
protege.
É
assim que entendo, defino e curto Cultura. Para as outras definições que
abarrotam páginas eu me despeço e me desculpo, usando esse texto como
identidade.
*presidente da Defender – Defesa Civil do Patrimônio Histórico
http://www.defender.org.br/cultura-eou-identidade-cultural
Acesso em
21/03/2013
Nenhum comentário:
Postar um comentário