sábado, 10 de agosto de 2013

Doação de Vestidos de Noiva? Túmulo na entrada? Conheça a Igreja de São Francisco - Rio Pardo, RS

A Igreja de São Francisco foi inaugurada em 1812, possui importante acervo de imagens da Via Sacra em tamanho natural, com detalhes anatômicos e movimento de fisionomia, acrescenta-se a imagem de Nossa Senhora da Boa Morte. 

Atras da Igreja  encontra-se o Museu da Arte Sacra, inaugurado em 1975, com peças missioneiras e também local onde é festejado o dia de Nossa Senhora da Boa Morte, em 17 de agosto. Nesse dia as noivas que desejavam se casar, fizeram promessas a Santa e foram atendidas doam seus vestidos  para ter um bom casamento.


Mas o que atrai grande curiosidade aos que visitam a Igreja de São Francisco é a sepultura de Felisberto Pinto Bandeira, ministro da Ordem Terceira de São Francisco de Assis, falecido em 1831, que se encontra em frente  a porta principal da igreja.


Fonte: Deise Gimenes


Referência:



Igreja de São João Batista - Santa Cruz do Sul, RS

Localizada na zona central da cidade, em frente à praça Getúlio Vargas, a catedral São João Batista é um dos maiores templos da América do Sul em estilo neogótico tardio. Suas dimensões são: 80 metros de comprimento, 38 metros de largura, 26 metros de altura na nave central e suas torres alcançam 82 metros.

A construção começou em 1º de fevereiro de 1928 sob a orientação de Simão Gramlich, autor do projeto, e posteriormente sob liderança do engenheiro Ernesto Matheis.

Em 2 de agosto de 1936 a igreja foi entregue ao culto público, mas o acabamento da obra só ocorreu em 1977 com a construção de duas torres maiores e 66 menores, além da colocação do reboco do lado leste.

Desde 1959, com a criação da diocese de Santa Cruz do Sul com jurisdição sobre diversos municípios, a igreja passou a se chamar Catedral São João Batista. A primeira Igreja Católica foi construída em 1863 e o primeiro padre foi Manoel José da Conceição Braga, em 1860.

A pintura existente atrás do altar chama-se "Grupo da Cruz", tendo como autor Arno Seer e, posteriormente, Roman Riesch. O custo da catedral foi de mil réis.

                                                           
                                           

Em 1989, a pedido do padre Orlando Pretto, foi realizado um levantamento da situação da catedral. Os estudos apontaram a necessidade urgente de sanar problemas no telhado, nas paredes e fundações, especialmente os de infiltração de água.

A Paróquia São João Batista, através da sua diretoria, iniciou ampla mobilização para arrecadar os recursos necessários à obra. Já em 1992, foram trocadas 300 telhas de fibrocimento, para conter vazamentos. Em junho de 1996, foi lançado o grande projeto de restauração, que atingiu toda a parte externa do prédio. Ele foi concluído em 2006 e, segundo o pároco, já consumiu R$ 4 milhões. Do montante, 70% foram arrecadados junto à comunidade. O restante veio através de doações de empresas e das leis de incentivo à cultura.

A próxima etapa dos trabalhos, que ainda não tem data para iniciar, atingirá a parte interna, incluindo a iluminação, o som e a revisão das pinturas realizadas pelos artistas Arno Seer e Roman Riesch. O custo ainda não foi estimado.

    

   

                                                           

 

  

Imagens: Deise Gimenes

Referências: 


segunda-feira, 8 de julho de 2013

Incêndio no Mercado Público de Porto Alegre - RS

                                                                                                     Deise Gimenes 

Mais que uma perda material o incêndio do Mercado Público de Porto Alegre foi uma perda sentimental aos gaúchos.

Este que foi o quarto incêndio no Mercado Público, outros ocorreram em 1912, 1976 e 1979, mas com menores proporções, este trouxe uma tristeza maior, por as chamas chegaram a consumir o acervo histórico que estava presente no prédio.

Segundo os bombeiros o incêndio teria começado no sábado, dia  6 de julho, por volta de 8h 30 e já às 8:34 teriam começado os trabalhos para cessar as chamas, sendo encerrado por volta de 0h e 30 min.

O Mercado Público é considerado um dos principais patrimônios locais de Porto Alegre, que contemplava a visitação de todos os gaúchos, além de ser ponto turístico e referencial histórico.











Referências:

http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/incendio-atinge-mercado-publico-de-porto-alegre

http://noticias.uol.com.br/album/2013/07/06/incendio-destroi-mercado-publico-de-porto-alegre.htm

http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/noticia/2013/07/incendio-e-o-quarto-da-historia-do-mercado-publico-de-porto-alegre-4192462.html

http://noticias.r7.com/cidades/fotos/incendio-em-mercado-publico-de-porto-alegre-ja-e-o-quarto-na-historia-do-predio-07072013

http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/fotos/2013/07/incendio-atinge-mercado-publico-de-porto-alegre-na-noite-deste-sabado.html

II Encontro Patrimônio Cultural e Desenvolvimento





Apresentação

Em que pese a Tutela garantida por robusta legislação (ainda pouco conhecida), o gigantesco Patrimônio Cultural Brasileiro, símbolo da nossa identidade, sofre a toda hora incompreensões, provocações e desafios que resultam em graves situações de risco.

Hoje, de norte a sul do Brasil, se ouve da sociedade lamentos e gritos de socorro em defesa do nosso Patrimônio Cultural, configurando um interesse há muito desejado.

No entanto, ainda há muito a ser feito, informado, preservado, explicado, pesquisado, registrado e salvaguardado. Como não existe patrimônio sem povo, é feliz a constatação de que a sociedade civil, de forma intensa, se agrega ao Poder Público e vice-versa com o mesmo objetivo.

Pode-se dizer até que nunca houve momento igual nesse País.

Transformar essa tão desejada aliança em apropriação, valoração e desenvolvimento cultural, social e econômico deve se transformar no resultado máximo dessa Tutela.

O II Encontro Patrimônio Cultural e Desenvolvimento, promovido pela Defender com o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, prevê abranger e discorrer absolutamente toda a temática sobre o Patrimônio e seus atores, desafiando e provocando o envolvimento com essa proposta.

Painéis sobre legislação, ações da sociedade, ações do poder público, fatos, conceitos, preservação, desenvolvimento local e patrimônio imaterial serão expostos e socializados entre palestrantes e participantes nos dias 14, 15 e 16 de agosto em Porto Alegre (RS).

Número de vagas para participantes: 500

Os participantes receberão Certificado mediante 75% de aproveitamento.

Programação

14 de agosto de 2013 (quarta-feira)

9 horas – Abertura Oficial

10h30 – Palestra de Abertura
Jurema de Sousa Machado – Presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)

12 horas – Almoço

14 horas – Inventário e Tombamento – Instrumentos de Preservação para o Desenvolvimento

Ana Lúcia Goelzer Meira – Superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN RS)
Eduardo Hahn – Diretor do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Rio Grande do Sul (IPHAE RS)
Fernando Viana Cabral – Presidente do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA MG)
18h30 – Encerramento

15 de agosto de 2013 (quinta-feira)

8h30 – A Sociedade Civil e o Patrimônio Cultural

Delegados Regionais da Defender – Defesa Civil do Patrimônio Histórico
Francisco Alemberg de Souza Lima – Diretor presidente da Fundação Casa Grande Memorial do Homem Kariri – Nova Olinda/CE
Ângela Tereza Sperb – Consultora do Programa de Educação Patrimonial de Picada Café (RS)
12 horas – Almoço

14 horas – Ações do Ministério Público na Defesa do Patrimônio Cultural

Ana Maria Moreira Marchesan – Promotora de Justiça do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul
Andréa Lanna Mendes Novais – Analista do Ministério Público de Minas Gerais – Coordenadoria da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Histórico, Cultural e Turístico
16h30 – Monumenta e PAC Cidades Históricas – Resultados e Perspectivas no Desenvolvimento

Robson Antônio de Almeida – Coordenador Nacional do PAC Cidades Históricas – IPHAN
Briane Panitz Bicca – Coordenadora do Projeto Monumenta Porto Alegre (RS)
Carlos de Faria Coelho de Sousa – Gerente Executivo da Caixa Econômica Federal (DF)
18h30 – Encerramento

16 de agosto de 2013 (sexta-feira)

8h30 – A Preservação e o Desenvolvimento Local

Andrey de Freitas – Coordenador do Projeto Monumenta São Francisco do Sul (SC)
Frederico Mendonça – Diretor do Instituto do Patrimônio Artístico Cultural da Bahia (IPAC BA)
Carlomano Abreu – presidente da AMAR – Associação dos Amigos de Areia (PB)
12 horas – Almoço

14 horas – Patrimônio Imaterial

Célia Maria Corsino – Diretora do Departamento de Patrimônio Imaterial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) – Brasília (DF)
Flávia Rieth – Antropóloga da UFPel/Pelotas (RS) – Coordenadora do Inventário Nacional de Referências Culturais – da região doceira de Pelotas e Pelotas Antiga
Luciano Pereira Silva – Coordenador de Preservação do Patrimônio Material e Imaterial – Secretaria de Educação e Cultura de Tocantins – Capim Dourado – Trançando a Tradição
18h30 – Encerramento

Valores

Datas limites, valores de inscrição e forma de pagamento

Até 30 de julho de 2013

Professores, profissionais, pesquisadores e público interessado – R$ 60,00 (sessenta reais)
Estudantes* R$ 20,00 (vinte reais)
Associados da Defender – Isento do pagamento da inscrição**
De 31 de julho a 09 de agosto de 2013

Professores, profissionais, pesquisadores e público interessado R$ 80,00 (oitenta reais)
Estudantes* R$ 50,00 (cinquenta reais)
Associados da Defender – Isento do pagamento da inscrição**

domingo, 16 de junho de 2013

O forte Jesus, Maria - Rio Pardo, RS

      O forte Jesus, Maria, José do Rio Pardo, em 1752, foi construído com o intuito de ser a fortificação mais a oeste na chamada guerra Guaranítica - (1753-1756). 

Algumas imagens






Imagens: Deise Gimenes


Um Breve Olhar Por Rio Pardo - RS

       Às margens do Rio Jacuí, é um dos quatro municípios mais antigos do Rio Grande do Sul e de grande importância histórica. No século XVII e século XVIII, compreendia quase 157 mil quilômetros quadrados, mais da metade do território sul-rio-grandense. O município de Rio Pardo deu origem a mais de 300 outros. Era habitada pelos nativostapes, que foram depois reduzidos pelos jesuítas espanhóis nas Missões Orientais do Tapes, por volta de 1633. 

     Os bandeirantes paulistas fizeram três incursões para escravizar missioneiros, obrigando as missões da região a recuarem para a margem direita do Rio Uruguai, apesar dos portugueses terem sido derrotados e expulsos na última incursão, quando da batalha de M'bororé. Em 1715, chegaram ao atual município os primeiros colonizadores portugueses avulsos.



A Primeira Rua Calçada





Imagens: Deise Gimenes 

quarta-feira, 22 de maio de 2013

A Fonte Imperial e a Visita de D. Pedro I - História de Santo Antônio da Patrulha, RS


A Fonte Imperial e a Visita de D. Pedro I

                                                            Deise Gimenes Reis

          Segundo o livro Santo Antônio da Patrulha: Mulheres Fazendo História,   o Município Santo Antônio da Patrulha começou a ser construído através de um casamento proibido de um soldado (guarda-fora), com uma jovem de uma família nobre. Em razão do casamento o casal construiu em suas terras uma pequena capela que recebeu o nome do santo de devoção, Santo Antônio, e aos arredores da capela começou a surgir um povoado.
No Município de Santo Antônio da Patrulha, existem muitos Monumentos Históricos que foram construídos por ordem de D. Pedro I, no período Histórico chamado de Imperial.
            Um desses monumentos é a Fonte Imperial que se localiza próximo à chamada “Cidade Velha” ou “Cidade Histórica”. Localidade que foi ponto principal de ocupação no período colonial. Esta região compreende morros e estradas de pedras. De acordo com o ponto em que nos encontramos ou que direcionamos o olhar, podemos ter diferentes visões da cidade.
Segundo o livro Santo Antônio da Patrulha: Mulheres Fazendo História,   o Município Santo Antônio da Patrulha começou a ser construído através de um casamento proibido de um soldado (guarda-fora), com uma jovem de uma família nobre. Em razão do casamento o casal construiu em suas terras uma pequena capela que recebeu o nome do santo de devoção, Santo Antônio, e aos arredores da capela começou a surgir um povoado.
No Município de Santo Antônio da Patrulha, existem muitos Monumentos Históricos que foram construídos por ordem de D. Pedro I, no período Histórico chamado de Imperial.
            Um desses monumentos é a Fonte Imperial que se localiza próximo à chamada “Cidade Velha” ou “Cidade Histórica”. Localidade que foi ponto principal de ocupação no período colonial. Esta região compreende morros e estradas de pedras. De acordo com o ponto em que nos encontramos ou que direcionamos o olhar, podemos ter diferentes visões da cidade.
          


Em 1826, foi recebida a noticia de que Sua Majestade Imperial D. Pedro I, passaria pela província do Rio Grande do Sul para revistar as tropas de guerra que lutavam nas batalhas da Guerra de Cisplatina, e passaria por Santo Antônio.
Desembarcado em Desterro, atual ilha de Florianópolis, D. Pedro I seguiu a cavalo pelo Caminho da Costa do Mar, passando por Tramandaí até chegar em Santo Antônio. Em sua homenagem foi celebrado um Te-Deum, uma missa na Igreja Matriz, e após uma visita ao distrito. Vendo a dificuldade de acesso à água, D. Pedro ordenou que construíssem uma fonte na cidade. No ano de 1847 a Fonte Imperial foi construída e inaugurada.
   Sua primeira restauração se deu ainda pelo governo provincial em  1847, outras restaurações mais recentes se deram em 2006 e em 2011,  que podemos observar em placas que se encontram afixadas nas paredes da fonte.
Hoje a fonte imperial faz parte do roteiro turístico de Santo Antônio da Patrulha. O Monumento Histórico Fonte Imperial é inventariado pelo IPHAN no Rio Grande do Sul, em conjunto com o IPHAE, desde 16/11/1989. Em 28/12/2002, a “Fonte” foi oficializada como símbolo do município de Santo Antônio da Patrulha. Em 03/08/2005, a Lei Municipal nº. 4.712 oficializou a denominação do monumento como “Fonte Imperial” e essa passou a ser considerada de valor histórico e cultural, sendo objeto de tombamento, conforme a Lei Orgânica do Município. Em 12/06/2008, pela Portaria Estadual nº 12/2008, passou a ser bem tombado como Patrimônio Histórico de todo o Estado do Rio Grande do Sul. 


Referências:
BEMFICA, Coralia Ramos. Santo Antônio da Patrulha: Mulheres Fazendo História. Porto Alegre: EST, 2000.
BEMFICA, Coralia Ramos. Santo Antônio da Patrulha Reconhecendo sua História. Porto Alegre: EST, 2000.
BARROSO, Vêra Lucia Maciel. Raízes de Santo da Patrulha e Tramandaí.  Porto Alegre: EST, 1992.
LAUCK, Fernando Rocha. Fonte Imperial. Santo Antônio, 2015. Disponível em: https://sites.google.com/a/polosap.com.br/turismo/turismo-historico Acesso em: 18/10/2015.